quinta-feira, 19 de maio de 2011

MALBA TAHAN

Júlio César de Melo e Sousa
Júlio Césarde Melo e Sousa (Rio de Janeiro, 6 de maio de 1895Recife, 18 de junho de 1974), mais conhecido pelo heterônimo de Malba Tahan (Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Taha n), foi um escritor e matemático brasileiro. Através de seus romances foi um dos maiores divulgadores da matemática no Brasil.
Ele é famoso no Brasil e no exterior por seus livros de recreação matemática e fábulas e lendas passadas no Oriente, muitas delas publicadas sob o heterônimo/pseudônimo de Malba Tahan. Seu livro mais conhecido, O Homem que Calculava, é uma coleção de problemas e curiosidades matemáticas apresentada sob a forma de narrativa das aventuras de um calculista persa à maneira dos contos de Mil e Uma Noites. Monteiro Lobato classificou-a como: "… obra que ficará a salvo das vassouradas do Tempo como a melhor expressão do binômio ‘ciência-imaginação.’" Júlio César, como professor de matemática, destacou-se por ser um acerbo crítico das estruturas ultrapassadas de ensino. "O professor de Matemática em geral é um sádico. — Denunciava ele. — Ele sente prazer em complicar tudo." Com concepções muito a frente de seu tempo, somente nos dias de hoje Júlio César começa a ter o reconhecimento de sua importância como educador. Em 2004 foi fundado em Queluz -- terra onde o escritor passou sua infância—o Instituto Malba Tahan, com o objetivo de fomentar, resgatar e preservar a memória e o legado de Júlio César.


Biografia

Juventude
Júlio César nasceu na cidade do Rio de Janeiro, mas viveu quase toda a infância na cidade paulista de Queluz. Seu pai João de Deus de Melo e Sousa e sua mãe Carolina Carlos de Melo e Sousa tinham uma renda familiar apenas suficiente para criar os oito filhos do casal. Quando criança, já dava mostras de sua personalidade original e imaginativa. Gostava de criar sapos (chegou a ter 50 deles no quintal de sua casa) e já escrevia histórias com personagens de nomes absurdos como Mardukbarian, Protocholóski ou Orônsio. Em 1905, retornou ao Rio de Janeiro para estudar. Cursou o Colégio Militar e o Colégio Pedro II. A partir de 1913, passou a freqüentar o curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica.
A carreira de escritor
Em 1918, Júlio César passou a colaborar no jornal O Imparcial, onde publicou seus primeiros contos com o pseudônimo R. S. Slade. Nos anos seguintes, o jovem escritor estudou a fundo todos os aspectos da cultura árabe e da oriental. Em 1925, propôs a Irineu Marinho, dono do jornal carioca A Noite, uma série de "contos de mil e uma noites". Surgia aí o escritor fictício Malba Tahan, que assinava os contos que foram publicados com comentários do igualmente fictício Prof. Breno de Alencar Bianco. Seu pseudônimo tornou-se tão famoso que o então Presidente Getúlio Vargas concedeu uma permissão para que o nome aparecesse estampado em sua carteira de identidade. Na década de 1930 aconteceu uma grande polêmica entre autores de livros de matemática: Tahan contra Jacomo Stávale e Algacyr Munhoz Maeder. Até o fim da vida, Júlio César escreveu e publicou livros de ficção, recreação e curiosidades matemáticas, didáticos e sobre educação, com seu nome verdadeiro ou com o ilustre pseudônimo.
A carreira de professor
Paralelamente à carreira de escritor, Júlio César dedicou-se ao magistério. Graduou-se como engenheiro civil na Escola Politécnica e como professor na Escola Normal. Deu aulas no Colégio Pedro II e na Escola Normal, lecionando diversas matérias como história, geografia e física, até se fixar no ensino de matemática. Ensinou também no Instituto de Educação e na Escola Nacional de Educação. Além das aulas, Júlio César proferiu mais de 2000 palestras por todo o Brasil e em algumas localidades do exterior. Ficou célebre por sua técnica de contação de histórias e por sua atuação inovadora como professor. Suas aulas eram agitadas e interessantes, sempre repletas de curiosidades que atraiam a atenção dos estudantes.
Outras atividades
Júlio César foi um enérgico militante pela causa dos hanseníacos. Por mais de 10 anos editou a revista Damião, que combatia o preconceito e apoiava a humanização do tratamento e a reincorporação dos ex-enfermos à vida social. Deixou, em seu testamento, uma mensagem de apoio aos hanseníacos para ser lida em seu funeral.
Falecimento
Júlio César faleceu em 18 de junho de 1974 de ataque cardíaco em seu quarto de hotel, após uma palestra proferida no Recife. Deixou uma série de instruções para seu sepultamento: além da mensagem que devia ser lida, exigiu caixão de terceira classe, flores anônimas, nada de coroas, nada de luto nem discursos.
Biografia de Malba Tahan
Ao criar seu pseudônimo, Júlio César criou também um personagem: Malba Tahan. Este escritor, cujo nome completo seria Ali Yezid Izz-Eddin Ibn Salim Hank Malba Tahan, teria nascido na aldeia de Muzalit, próximo a Meca, a 6 de maio de 1885. Teria feito seus estudos no Cairo (Egito) e Istambul (Turquia). Após a morte de seu pai, teria recebido vultosa herança e viajado pela China, Japão, Rússia e Índia, onde teria observado e aprendido os costumes e lendas desses povos. Teria estado, por um tempo, vivendo no Brasil. Teria morrido em batalha em 1921 na Arábia Central, lutando pela liberdade de uma minoria local. Seus livros teriam sido escritos originalmente em árabe e traduzidos para o português pelo também fictício Professor Breno Alencar Bianco.
Homenagens
Em homenagem a Malba Tahan, o dia de seu nascimento – 6 de maio – foi decretado como o Dia do matemático (ou Dia da matemática) pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Malba Tahan ocupou a cadeira número 8 da Academia Pernambucana de Letras, e é nome de escola no Rio de Janeiro.
Obra
Júlio César escreveu ao longo de sua vida cerca de 120 livros de matemática recreativa, didática da matemática, história da matemática e ficção infanto-juvenil, tendo publicado com seu nome verdadeiro ou sob pseudônimo. Abaixo, uma lista de seus títulos mais relevantes:
  • Contos de Malba Tahan (contos)
  • Amor de Beduíno (contos)
  • Lendas do Deserto (contos)
  • Lendas do Oásis (contos)
  • Lendas do Céu e da Terra (contos)
  • Maktub! (contos)
  • Minha Vida Querida (contos)
  • O Homem que Calculava (romance)
  • Matemática Divertida e Delirante (recreação matemática)
  • A Arte de Ler e Contar Histórias (educação)
  • Aventuras do Rei Baribê (romance)
  • A Sombra do Arco-Íris (romance)
  • A Caixa do Futuro (romance)
  • O Céu de Allah (contos)
  • Lendas do Povo de Deus (contos)
  • A Estrêla dos Reis Magos (contos)
  • Mil Histórias Sem Fim (contos)
  • Matemática Divertida e Curiosa (recreação matemática)
  • Novas Lendas Orientais (contos)
  • Salim, o Mágico (romance)
  • Diabruras da Matemática (recreação matemática)


OS ASTECAS

Apresentação
Esta pesquisa apresenta uma abordagem sobre a Civilização Asteca, enfatizando a alimentação, a educação, a religião,o esporte e a saúde, os aspectos culturais, sociais, econômicos e seu grande poder político; com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o tema em destaque.

“De todos os fatores que influenciam a aprendizagem, o mais importante é o que o aluno já sabe.”
David Ausubel
“Creio que o principal objetivo da educação deve ser encorajar os jovens a duvidarem de tudo aquilo que se considera estabelecido. O importante é a independência do espírito.”
Bertrand Russel
 “A humildade, a paciência, a criatividade, a determinação e a superação; são fatores essencias que contribuem no desempenho profissional e na arte de educar.”
Roberto de Bulhões



Civilização Asteca
As primeiras evidências dos povos Astecas no México Central datam do século XIII. Entretanto, antes mesmo deste período há evidências de outros povos nesta mesma região, como é o caso dos Toltecas. A civilização Tolteca propriamente dita desenvolve-se, a partir do século XI. Contudo, a partir do século XII, a principais cidades construídas pelos Toltecas entram em declínio. Tribos bárbaras de territórios próximos surgem então para se estabelecerem nessas cidades recentemente abandonadas pelos Toltecas. A nova organização dessas tribos nestas cidades é que resultará na civilização Asteca.
A última grande civilização mesoamericana foi a dos Astecas, uma tribo “bárbara” primitiva que habitou nas pequenas ilhas do lago Texcoco na metade do século XIV, e, em poucas décadas chegou a dominar a maior parte do México. Este crescimento vertiginoso é um indicio de perícia estratégica e organização militar. Os Astecas conquistaram seu imenso império através de guerras.
Em 1325,os astecas fundaram a cidade de Tenochtitlán (localizada onde hoje se situa a Cidade do México). Com duas outras cidades-estados, Texcoco e Taclopán, formaram uma poderosa aliança que logo conquistou todo vale. Calculasse  que a aliança controlava cerca de 10 milhões de pessoas de diferentes culturas, que falavam uma língua comum ,o “nahuatl”. Essa população pagava tributos em mercadorias e fornecia prisioneiros para serem sacrificados ao deus asteca Huitzilopochtli.
Tenochitlán era a capital política e religiosa do império asteca .Construída  sobre uma ilha no lago Texcoco ,estava  unida às margens  por três estradas flutuantes. Possuía ruas largas, palácios, mercados, escolas, jardins e templos em forma de pirâmide. Ao redor da cidade ,foram construídas ilhotas artificiais, chamadas “chinampas”, onde se cultivavam verduras e flores e se criavam perus.
No movimentado mercado da cidade, usavam-se sementes de cacau como moeda para adquirir todo tipo de mercadoria: mantas de algodão, cerâmica, víveres, flores, esteira de junco, milho, penas coloridas e etc. Fiscais do governo controlavam o comércio,verificando pesos ,medidas, preços e qualidade dos produtos. Os domínios astecas eram controlados por fiscais e cobradores de impostos. Esses altos funcionários pertenciam à nobreza e tinham privilégios,como insenção de impotos, uso de jóias e recebimento de terras. Mas,se agissem de forma desonesta, eram punidos com mais severidade do que os cidadãos comuns.O imperador era escolhido pelas  suas qualidades guerreiras (seu título não era hereditário).
Os sacerdotes eram tão importantes quanto o imperador e os nobres. Além das cerimônias religiosas , eles cuidavam da contagem do tempo,dos livros sagrados e da educação dos jovens.As escolas sacerdotais eram abertas aos meninos de todas as camadas sociais.

Outros grupos sociais eram os artesãos ,os agricultores ,os comerciantes e os escravos.Os exércitos astecas eram numerosos e bem-organizados.Todos os jovens deviam estudar na escola militar, e os melhores lutadores passavam a integrar as principais ordens militares.
Os astecas tinham duas tropas de elite:os guerreiros do jaguar e os da águia, que usavam  trajes vistosos e armas formidáveis como uma clava chata,contornada com lâminas  afiadas de obsidiana. A guerra tinha uma função religiosa:capturar prisioneiros para serem sacrificados aos deuses, e com isso, garantir as colheitas e a continuidade da existência humana.
Até 1521, data em que Tenochtilán foi invadida e conquistada pelos espanhóis, os astecas mantiveram seu imenso Império, que abrangia praticamente todo o centro do atual território do México e estendia-se do Oveano Pacífico Ao Golfo do México,

Organização Social

O rei dividia o governo do Estado com a Mulher serpente, que era um homem. Havia um conselho de chefes (comandantes militares) para orientar o rei e a Mulher Serpente.

Para conseguir um título de nobreza era preciso demonstrar bravura nas guerras, condição imposta tanto para os filhos de nobres quanto para os filhos de camponeses. Oficiais graduados eram juízes e grandes generais, enquanto os menos graduados governavam o povo. Artesãos e comerciantes passavam suas profissões a seus filhos.

Em maior número na sociedade estavam os cidadãos comuns (aqueles que recebiam terras do clã para cultivar), camponeses (camponeses sem terra trabalhavam na terra dos nobres) e escravos. Nota-se uma sociedade bastante estratificada; hierarquizada. As roupas eram um meio de demonstrar a posição social da pessoa, havendo leis severas para o uso de certas peças.

Alimentação

Fazia parte da alimentação Asteca o milho (do qual eram feitos cozidos, bolos e pães), feijão abóbora, tomate além de animais domesticados como coelho, peru, patos, cachorros e aves. Uma das famosas iguarias Astecas é o chocolate. Diferente do conhecido atualmente, era mais amargo e um líquido grosso, sendo bebido após as refeições principalmente no inverno. Contudo, o consumo de carne entre outros alimentos considerados mais nobres não estavam ao alcance de toda a população. Por serem de grande valor não faziam parte da alimentação das classes mais baixas.

Educação

Depois que a criança nascia, o astrólogo escolhia um dia de sorte para dar nome à criança e para predizer o seu futuro. Os astecas acreditavam que o caráter da pessoa era influenciado pelo dia em que ela nascia. As crianças frequentavam a escola até completarem 8 anos. Na escola aprendiam o básico da escrita asteca e as tradições (tanto os meninos quanto as meninas).

Uma outra metade do ensino era dividida: meninas aprendiam a tecer, costurar, cozinhar e cuidar das crianças, enquanto os meninos aprendiam a guerrear. Ao completarem 21 anos, os estudos estavam concluídos: as meninas iam viver para o casamento e os meninos tornavam-se guerreiros. Os melhores guerreiros se juntavam aos guerreiros águia e jaguar, que representavam os cargos mais altos na carreira militar.Sacerdote e o templo.

Os meninos mais inteligentes, iam aos oito anos para o calmecac ou escola de sacerdotes. Lá rezavam e jejuavam durante dias. Os sacerdotes ensinavam os meninos a ler e escrever, fazer remédios com ervas, canções, preces própria a cada um dos deuses e a prever eclipses. Com 20 anos ele podia deixar o calmecac para se casar, podendo exercer a função de escriba no palácio, dar nome às crianças e predizer o futuro. O sacerdote cuidava dos templos e fazia sacrifícios. Os templos eram erguidos o mais alto possível, pois assim os astecas acreditavam estarem mais próximos dos deuses celestes, e em sua plataforma eram

realizados os sacrifícios. Os astecas acreditavam que os deuses haviam se sacrificado para criar o sol, e por isso era dever deles alimentar os deuses com a “água sagrada” (sangue). Para isso havia a necessidade de capturar prisioneiros de guerra constantemente. Somente alguns sacerdotes tinham o conhecimento de astrologia e podiam interpretar o calendário sagrado. Havia também um calendário solar. Todos consultavam os sacerdotes antes de tomar decisões importantes, pois acreditavam em dias de sorte e dias de azar.

Esporte
Os astecas tinham grande paixão pelo esporte e praticavam uma série de jogos; um dos preferidos era o tlachtli. O tlachtli era um jogo asteca muito parecido com o jogo dos Maias (aquele com a bola de borracha). Os astecas passavam o tempo jogando “jogos de azar”.
Saúde

Os astecas desenvolveram tratamentos eficientes com base no grande conhecimento da flora e fauna locais. O médico do rei espanhol Felipe II registrou cerca de 1200 plantas usadas pelos astecas para fins medicinais. As doenças eram atribuídas à vontade dos deuses ou a feitiços. Os astecas usavam a adivinhação e a oração, mas, ao mesmo tempo, sabiam curar fraturas, feridas e fazer remédios à base de gordura animal e plantas medicinais, para os mais diversos fins.

Arte Asteca

A arte asteca se caracteriza principalmente por sua arte plumária (trabalho com penas) e pela ourivesaria (trabalho com ouro). Os astecas aprenderam a fazer seus artesanatos com os descendentes dos toltecas. Grande parte do trabalho dos artesão era para o rei, que utilizava os tributos para fazerem tiaras, mantas e jóias. O rei recompensavam os guerreiros com esses presentes. Um escultor levava muito tempo para produzir uma peça, devido à simplicidade de seus instrumentos.

Os Deuses
Os Astecas tinham muitos deuses, e cada um deles era responsável por uma fase da vida. Entre eles estão o deus do sol do meio-dia ( Uitzilopochtli), filho de Coatepec e Tezcatlipoca, que era deus da noite. Acreditavam que os deuses observavam suas vidas constantemente. Sendo assim, procuravam não desobedecer os deuses, agradando-os com os sacrifícios. Ao morrer, os Astecas acreditavam que cada um ia para direções diferentes: guerreiros para o leste (paraíso do Sol), as mulheres para o oeste (paraíso da deusa Terrra), os afogados iam para o paraíso de Tlaloc a oeste e os outros iam para o norte onde governava o Senhor e a Serpente da Morte.

Escrita

Escrita Asteca, assim como a escrita Maia, era representada por glifos. Esta escrita pode ser encontrada em códices, feitos em casca de figueira batida, ficando bem fina como um papel, e revestidas por uma espécie de verniz.

Referencias bibliográfica
Boulos Júnior, Alfredo
    História: sociedade e cidadania, 7º ano / Alfredo Boulos Júnior. – São Paulo:        
     FTD,2009. (Coleção História: sociedade & cidadania).
  Rodrigue, Joelza Ester
       Història em documento: imagem e texto, 6ª série / Joelza  Ester Rodrigue.
       - 2. ed. – São Paulo: FTD, 2002. – (Coleção: História em documento:
         imagem e texto).


sábado, 14 de maio de 2011

Anos dos Militares

Só pra relembrar algumas atitudes que deram certo nos anos dos "militares". *Millôr Fernandes.
Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério, honesto e progressista. Cresce o grupo que não quer mais ver militares no poder, pelas razões abaixo.
Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças. Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista.
Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora. Com a
construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer naespera da barcaça que levava meia dúzia de carros.
Criaram esse maldito do Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. Para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem
contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.
Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.
Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".
Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou
a posição de segundo maior construtor de navios no mundo.
Uma desgraça completa. Com gigantesca oferta de empregos, baixaram
consideravelmente os índices de roubos e assaltos.
Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.
Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou delamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a
quem nunca precisou disso. Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades. Esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regimepolítico que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.
Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas. Os militares são muito estressados. Fazem tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, sequestros de diplomatas.. . ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.
Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje. Os de hoje é que são bons e honestos.
Inventaram um tal de FGTS, PIS e PASEP, só para criar atritos entre empregados e patrões. Cadê os Impostos de hoje, isto eles não fizeram!
Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões.
Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro.
Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para
sobreviver.
Outras desgraças criadas pelos militares: Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um Oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M.
Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM. Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo. Pensa!!
Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.
Graças a Deus! Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!
Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o
que está escrito acima é o bastante para dizermos: "Militar no poder, nunca mais!!!", exceto os domesticados.
Ainda bem que hoje estão assumindo o poder pessoas compromissadas com os interesses do Povo. Militares jamais.
Os políticos de hoje pensam apenas em ajudar as pessoas e foram injustamente prejudicadas quando enfrentavam os militares com armas as escondidas com bandeiras de socialismo. Os países socialistas são exemplos a todos. ALÉM DISSO, NENHUM DESSES MILITARES CONSEGUIU FICAR
RICO.
ETA INCOMPETÊNCIA!!! É brincadeira!!!

Uma colaboração dos amigos:

José Rogério Lins e Roberto de Bulhões.
ANOS 70
PARA QUEM TEVE A SORTE DE TER VIVIDO NO RECIFE na década de 70...

Não custa nada relembrar!
Para quem viveu o Recife em outros tempos.
Pena que nossas crianças jamais saberão como foi !!!!

ALGUMAS LEMBRANÇAS DAQUELE TEMPO...
- Adorávamos ver avião na mureta do Aeroporto dos Guararapes;
- Comprávamos LP's na "A Modinha" e depois na "AKY Discos";
- Comprávamos roupas na Don Juan e nossas irmãs na ELE e ELA;
- Os sapatos chiques ("cavalo de aço") encontrávamos na MOTINHA;
- Calça LEE tinha que ser na FLAG, na Cd. Boa Vista;
- Comíamos filet à Califórnia ou 1/2 "parmé", na Cantina Star, só de
madrugada;
- O chopp era no MUSTANG, próximo à Mesbla;
- Esperávamos com ansiedade o evento "Vamos abraçar o sol";
- Escutávamos futebol com Ivan Lima na P.R.A.8, Rádio Clube de
Pernambuco; os mais antigos: os comentários de Barbosa Filho na Rádio
Jornal;
- E o Programa das Vovozinhas, com Alcides Teixeira?;
- Como não tínhamos Rádios FM, o padrão musical era a Rádio Tamandaré -
a musicalíssima!;
- Assistíamos "Você faz o Show" e "Noite de Black-Tie"... com Fernando
Castelão;
- Queríamos um Puma, MP Lafer ou Santa Matilde para ir ao "Encontro de
Brotos" do Internacional;
- Vimos o Papa no Joana Bezerra;
- Tínhamos medo de Biu-do-Olho-Verde, Galeguinho do Coque, da Perna
Cabeluda e do Biu do Alicate;
- E "Chapéu de Couro"?;
- Havia também aqueles que tinham medo de "Lolita"!;
- Vimos a rainha Elizabeth, num Rolls Royce paraguaio na AV. Boa Viagem,
transpirando que nem um calunga de caminhão;
- Jogávamos ovos nos jogos estudantis, nas quadras do Salesiano e do
Nóbrega;
- Natação e Atletismo, claro, no Português e no Derby;
- Nossas namoradas usavam maiôs "engana-papai" e "engana-mamãe" e a
gente morria de ciúmes;
- Comíamos "bauru" no Bar do Derby, enquanto os moleques davam um trato
em nossos carros com tala-largas e rebaixados;
- Adorávamos ver o peixe-boi na Praça do Derby e os jacarés do parque 13
de Maio;
- Águas Finas e Sete Casuarinas, em Aldeia, faziam parte do circuito;
- Assistimos aos "Globetrotters" e ao "Holiday On Ice" no Geraldão, sem
falar em Ray Conniff e Willian Bat Masterson no Clube Português;
- Assistimos  "Aeroporto 77" e "Tubarão" no cinema Moderno, Terremoto no
Veneza, com efeitos sonoros;
- No nosso tempo, o Campeonato Pernambucano tinha times como o
Ferroviário, o Santo Amaro (Vovozinha), o Íbis, e o América;

- Tomávamos muito guaraná Fratelli Vita e Laranjada Cliper no
restaurante Veleiro, em Boa Viagem;
- A cerveja tinha que ser Antarctica de Olinda (Av. Pres. Kennedy, 4.400
- Olinda, escrito na tampa);
- A Pitú e Serra Grande eram engarrafadas em "cascos" branco, verde e
depois âmbar;
- A Fratelli Vita próximo ao (hoje) Parque da Jaqueira;
- Tínhamos nosso lado inocente de brincar de Pêra, Uva ou Maçã, às vezes
 com salada mista;

ALGUNS HÁBITOS DAQUELE TEMPO...
- Jogar boliche no Bola Boliche, na Av. Barão de Souza Leão;
- Fazer uma bomba de cano de PVC no carnaval e perturbar até os outros
se irritarem;
- Brincar Carnaval no Corso, na Rua da Concórdia e na Conde da Boa Vista
 num jipe sem capota ou num Galaxie sem portas, à noite, claro,
Internacional ou Português;
- Tomar banho de mar em Boa Viagem (sem tubarão) com bóia feita de 
câmara-de-ar de caminhão, no posto 4 (quem tinha vergonha ia pro
terminal);
- Ir aos sábados às 10 horas para a Sessão Bossa Jovem, no Cinema São
Luiz ou para a Joveneza, no Veneza;
- Matinês dos Cines Ritz e Astor, na Visconde de Suassuna vendo filmes
como  "Love Story", "Uma Janela Para   o Céu" e "Um Dia de Sol" (quem
diria);
- Festas (que se chamavam "ASSUSTADOS") nas garagens das casas, com luz
negra  e estopa de polimento nas paredes, pra dar efeito "especial",
ouvindo "Yellow River","Mandy" ou Elas por Elas Internacional;
- A única bebida alcoólica na época era rum-com-coca ( Cuba Libre);
- Tomar sorvete na Fri-Sabor (perto do Colégio Salesiano), ou na Gemba
(mais antiga), até lançaram o Zeca's; - Dançar no Xixi-Girl, da Boate
Ferro-Velho em Piedade;
- Quem estudou na UFPE conheceu o Bar da Tripa, próximo à Escola de
Engenharia;
- Assistir ao desfile de 7 de Setembro, na Conde da Boa Vista;
- Dançar forró na Casa dos Festejos da Torre;
- Lanchar na Karblen, da Rua do Sossego e na  Casa Matos, da Rua da Nova
ou na lanchonete do 1º andar da Mesbla;
- Freqüentar a Feirinha da Praça do Entroncamento, os bares Cravo e
Canela, Acochadinho (em Olinda), Fundo do Poço, Senzala, Água de Beber,
Chaplin, Bar do Ninho também em Olinda e o "Depois do Escuro" na Torre,
Pirata e Olho Nú em Casa Forte (onde se apresentava a Bandinha de Pau e
Corda), O Som da Terra no Talude (BR 101), e o "Capim Verde", bem, é
outra história ...;
- Assistir aos shows no Circo Voador, no bairro do Recife;
- Comer "chocolate peixinho", embrulhado em papel dourado, prateado,
vermelho, bala "Gasosa", Nego Bom e Torrone;
- Fumar Du Morrier, o cigarro do Kojak;
- Ouvir o compacto simples Je T'aime (do filme Emanuelle I);
- Tomar Coca-Cola em garrafinhas pequenas, do mesmo tamanho do Guaraná
Caçula (Antarctica), Clipper ou Grapette e Mirinda;
- Fazer pic-nic aos domingos, no Horto de Dois Irmãos;
- Divertir-se nos brinquedos da FECIN (nossa Disneyworld) e escorregar
no tobogã da rua da Aurora;
- Passear na lancha da CTU, no rio Capibaribe;
- Os bares e/ou boates em Olinda eram o Samburá, Zé Pequeno, Eu e Tu e
ainda o Las Vegas eram uma farra;
- Um dos primeiros bares de Strip-tease foi o Café Concerto em Olinda;
- Baile dos Artistas no Batutas de São José todo mundo gostava (problema
era quando começava uma briga pra descer por aquela escadinha estreita);

ALGUNS LOCAIS DAQUELE TEMPO...
- Casa-Navio, na Av Boa Viagem;
- Sarong em Piedade:
- Maxime no Pina;
- O Buraco de Otília na rua da Aurora;
- Os melhores cinemas eram o São Luiz, Moderno, Trianon, Art Palácio e
o Veneza;
- Nos bairros, os cinemas também eram comuns, tais como Cine Eldorado
(Largo da Paz), Cine Torre, Cine
Rivoli (Casa Amarela), Cine Coliseu ( Rosa e Silva ), Cine Vera Cruz
(Campo Grande),Cine Brasil (Cordeiro), e o Cine Guararapes (Areias);
- O DETRAN era no Cabanga entre as duas pontes (que por sinal, durante
muito tempo só havia uma...);
- A Av. Boa Viagem tinha mão-dupla, desde o Pina. Após o Hotel Boa
Viagem, só haviam duas faixas, as outras duas eram de areia da praia;
- Além da Viana Leal (1ª escada rolante em Recife), Mesbla e Sloper
valem lembrar da Girafa (O Centro da Moda), das tradicionais
Casas José Araújo (Onde quem manda é o freguês) da Primavera, além da Casa do Mate (o melhor mate batido com limão, com leite ou com maçã... );
- E a árvore (baobá) na Cons. Portela, ao lado da igreja do Espinheiro,
que tombou para sempre ???
- A Liberdade de andar nas ruas livres, soltos, sem temer a violência
que hoje toma conta de nossa cidade, que saudade!
Se você viveu alguma dessas situações acima, não se preocupe, você não
está velho...
Você é um felizardo, pois viveu o Recife como ninguém pode fazer mais.