É! Ana:
O que a Corrupção tem feito com
as pessoas honestas não aparece nas mídias:o sentimento de ser usado, de ser
tratado como palhaço e ainda por cima de ser roubado no produto de seus esforços pago
periodicamente ao Governo.Os políticos desonestos perderam a decência, a
dignidade e a ética moral. Eles agem como aquele "agente inglês 007"
que matava uma pessoa com a maior tranquilidade - como se tivesse matando uma
barata - sabendo que nunca seria preso porque tinha a licença para matar da
rainha. No Brasil, os Corruptos têm a certeza da impunidade - sabem que podem
fazer o que bem quiserem porque sempre numa esfera superior haverá um camarada
com poderes legítimos para os inocentar e mostrar para a sociedade honesta que
o crime compensa e que, eles os CORRUPTOS,
estão acima da LEI e da ORDEM. Para este tipo de gente o que realmente
interessa é o dinheiro e NÃO o bem-estar do brasileiro, quando você diz:
"As duas extremidades do tubo digestivo devem ficar tão afastadas quanto a
cozinha e o banheiro.", isso é o óbvio para os honestos; mas para os
desonestos a engenharia reversa é o lema. Os episódios do Congresso Nacional
retratam como os brasileiros, que seguem as leis e que são disciplinados, são
tratados e manipulados pelos "políticos espertos".
A reflexão:
Até quando a paciência dos
brasileiros vai aguentar TANTAS DESGRAÇAS causadas por esses políticos
desonestos? Até quando vamos ver nossos irmãos sendo tratados como bandidos nos
hospitais públicos - onde faltam lençol e alguns medicamentos para o paciente?
só porque os recursos, oriundo dos nossos impostos, não chegam ao destino e
então, há sempre um gestor dando uma desculpa esfarrapada, na qual ninguém mais
acredita
Inimigo oculto:
Sobre baratas, políticos e
esperança
Tudo começa quando a incauta
dona da casa entra na cozinha.
Subitamente, ela percebe um movimento sutil, uma
sombra,
um ruidinho… É o suficiente. Todos seus sentidos entram
em alerta, as
pupilas se dilatam, o suor brota. Se houver
um salvador disponível, o grito já
se perfila na garganta,
pronto para disparar. A caçada começa, mas a caçadora
treme frente à minúscula rival, pode até derrotá-la,
mas seu mundo perdeu a
segurança, está maculado.
De onde saiu essa, há muitas mais. São pré-históricas
e as imaginamos pós-históricas, as únicas que sobreviveriam
ao apocalipse
nuclear. Qual o segredo desse inimigo
que não ataca os seres humanos, mas é
capaz de arrepiá-los
com a simples menção de seu nome: barata!
Numa função que já foi do rato,
ela mistura tudo o que
trabalhosamente separamos. À noite, reina sobre frestas
e
buracos, faz do nosso espaço uma peneira insegura, por
onde a podridão ameaça
o mundo esterilizado e diurno.
As casas dos mais favorecidos têm tratamento de
esgoto,
água encanada, mas a barata mistura as classes,
não está nem aí para as
castas.Quanto mais civilizados,
mais nos empenhamos em separar os diferentes
tipos de
lixo, o luxo do lixo, o sujo do limpo, o saudável do nocivo,
o natural
do artificial e assim por diante. As duas extremidades
do tubo digestivo devem
ficar tão afastadas quanto a cozinha
e o banheiro, mas se confundem cada vez
que a boca diz
“merda”. As crianças pequenas, que sabem das coisas do seu
jeito, acham que a parturiente defeca o bebê, enquanto os
adultos convivem com
fantasias que também, do seu jeito,
confundem as coisas. Com seu corpo
asqueroso e patas peludas
a barata, esperta e furtiva, carrega o esgoto para
dentro da
intimidade higiênica da nossa morada. “Vocês são cheios de
frestas
que nem sabem que têm, mas eu sei”,
diria ela, em
nossos piores pesadelos. É uma terrorista que embaralha o mundo.
A
casa é morada do corpo, tanto quanto ele é a morada da alma.
Nos sonhos, casa e
corpo se equivalem; na realidade, fora dela
somos vulneráveis como tartarugas
sem casco. É fundamental
manter o controle do que entra, sai e circula pelo
nosso bunker.
Mas não há casa sem baratas, assim como não há vida sem máculas.
Julgamo-nos corretos e construtivos, mas somos frequentemente
invadidos pelo
ciúme, a inveja e o egoísmo. Somos capazes
de pensamentos inconfessáveis. É
mais ou menos como me sinto
em relação aos recentes casos de corrupção
política, certos políticos
parecem estar sofrendo transformações kafkianas,
baratificando-se
a céu aberto. Meu
ingênuo reduto de higiene moral foi invadido por
um exército de baratas
asquerosas. Eu deveria saber que em nenhum
tempo e lugar estaremos a salvo
delas… Mas, como escreveu
(neste sábado no Cultura) meu amigo Edson Sousa, em
defesa
dos sonhos que acordam, ao contrário dos que anestesiam:
se acreditarmos
que mais nada é possível, viveremos embriagados
com a podridão de ontem. E isso
também é vida de barata…
Uma colaboração de Rogério Lins.
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